HPV: Como Prevenir?
A campanha Janeiro Verde tem o objetivo de conscientizar a população, em especial as mulheres, sobre o câncer do colo do útero. A doença está relacionada ao contágio pelo Papilomavírus humano (HPV), que pode ser transmitido através de relações sexuais.
11 de Março: Dia Estadual de Combate e Prevenção do Câncer de Colo de Útero. Tem por objetivo mostrar a importância da prevenção da doença, além da necessidade da vacinação.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram registradas cerca de 6,5 mil mortes decorrentes do câncer no Brasil em 2019.
O câncer do colo do útero tem desenvolvimento lento e pode não apresentar sintomas na fase inicial. Com esse comportamento pode ser tarde para a cura quando surgem os sintomas. Portanto a PREVENÇÃO é a chave contra esse tipo de câncer, que é grande causa de morte em mulheres no Brasil.
Mas afinal, o que é o HPV?
O HPV ( Papiloma Vírus Humano) corresponde a um grupo de mais de 100 vírus dos quais em torno de 12, são capazes de causar Infecção Sexualmente Transmissível (IST). O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum. É tão comum que 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos não vacinados contraem o vírus em algum momento da vida.
Nos EUA, cerca de 14 milhões de pessoas contraem o HPV a cada ano; antes de a vacina contra HPV estar disponível, a cada ano cerca de 340.000 a 360.000 pacientes procuraram tratamento para verrugas genitais causadas por HPV.
A maioria das infecções por HPV desaparece espontaneamente em 1 a 2 anos, mas algumas persistem.
Infectam a pele ou mucosas das pessoas, podendo causar lesões cancerígenas no colo do útero e verrugas anogenitais que chamamos de condilomas. Também podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.
Como o HPV é transmitido?
A transmissão ocorre principalmente através de relações sexuais, sendo oral-genital, genital-genital ou manual-genital. Também é possível contrair pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada.
Então,quais são as Medidas de Prevenção hoje disponíveis?
1) Preservativos:
É importante ressaltar que esse método protege parcialmente do contágio, pois não protege do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
2) Vacinação:
A Vacina HPV foi criada em 2006, na Austrália, e já faz parte dos programas de imunização de mais de 50 países. Foi inserida no calendário vacinal no Brasil, em 2014, pelo Ministério da Saúde, e atualmente está direcionada a meninas e meninos de 9 a 14 anos. Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do Papilomavírus humano (HPV), e de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero. E os 6 e 11 responsáveis por 90% dos casos de condilomas (verrugas).
Como ocorre em torno de 16,7 mil casos de câncer no Brasil por ano, 70% corresponderiam a cerca de 11.690 casos a menos se todos tivessem sido vacinados. Segundo o INCA, foram registradas cerca de 6,5 mil mortes decorrentes do câncer de colo no Brasil em 2019.
A Vacina é a principal e mais eficaz forma de prevenir as infecções causadas pelo vírus HPV. Recomenda-se que todos se imunizem, de preferência antes mesmo de iniciar a vida sexual, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). O imunizante também reduz as chances de surgirem novas verrugas anogenitais.
Atualmente a Vacina liberada contra o HPV é a forma quadrivalente, que contem os subtipos 6, 11, 16 e 18. Está indicada para ambos os sexos e é capaz de prevenir infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas por esse vírus. Está indicada para todas as pessoas a partir de 9 anos.
Para crianças de 9 a 14 anos, meninas e meninos, o esquema é de 2 doses com intervalo de 6 meses. Para pessoas entre 15 e 45 anos de idade, são três doses, sendo a segunda 1 ou 2 meses após a primeira e a terceira 6 meses após a primeira. Com ela, é possível evitar o câncer de colo de útero, vulva e vagina nas mulheres, do pênis em homens e câncer de canal anal em ambos os sexos. Além disso, essa vacina também previne os condilomas (verrugas genitais).
Estudo publicado na revista científica The Lancet, do Reino Unido mostrou que essa vacina está reduzindo os casos de câncer do colo do útero em quase 90%. A Cancer Research UK, instituição de pesquisas descreve as descobertas como "históricas", dizendo que a vacina está salvando vidas.
E a SEGURANÇA da Vacina?
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) endossa e enfatiza a necessidade da imunização: “Após vários anos de experiência em programas de imunização no mundo, a vacina de HPV mostrou-se segura e não foi associada a eventos adversos graves. O benefício da vacinação nos parece, portanto, inquestionável, merecendo o total apoio da SBP “, finaliza o diretor da SBP.
“Não há até o momento nenhum estudo que tenha associado de maneira inequívoca a vacina de HPV a algum evento adverso grave. Como todo e qualquer produto imunobiológico (vacinas, medicamentos etc.), é claro que eventualmente podem observar efeitos adversos. Após esses anos todos de uso da vacina, os dados de segurança obtidos pelos sistemas de vigilância dos países que a introduziram nos seus programas mostram que a vacina contra HPV é segura, com a ocorrência de eventos adversos, na sua maioria leves, como dor no local da aplicação, inchaço e eritema. Em raros casos, ela pode ocasionar dor de cabeça, febre de 38℃ ou síncope (desmaios)”, como mostram os estudos durante todos esses anos de aplicação da vacina .
A ocorrência de desmaios durante a vacinação contra o HPV não está relacionada à vacina especificamente, mas sim ao processo de vacinação, podendo acontecer com a aplicação de qualquer outra vacina ou produto biológico injetável. “Portanto, recomenda-se vacinar as adolescentes sentadas e mantê-las em observação por aproximadamente 15 minutos após a administração da vacina”, finalizam os estudiosos, como enfatiza Marco Aurélio Sáfadi, diretor da SBIM e SBP.
3) Exame Ginecológico:
Enquanto não surgir uma Vacina 100% eficaz, é indicado que mulheres a partir de 25 anos ou mais devem consultar o Ginecologista. Ele é o especialista que realiza o exame preventivo ( Papanicolau) periodicamente para garantir a saúde feminina.
“As consultas e exames de rotina são essenciais e devem fazer parte do calendário anual do público feminino. Além do Papanicolau e da Colposcopia, a Captura Híbrida é um teste molecular sensível, capaz de detectar a presença do HPV, suas variantes mais comuns e de alto potencial cancerígeno. Esse tipo de exame permite identificar a contaminação antes mesmo de surgir a primeira lesão. Desta forma, as pacientes com diagnóstico positivo para a presença do vírus, receberão um acompanhamento mais próximo e com maior frequência de monitoramento para tratamentos precoces e com elevadas chances de cura.
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